Crítica | A simplicidade ao adaptar clássicos clichês de k-dramas é o charme de 'Light On Me'

Primeira adaptação de um BL game, "Light On Me" trouxe uma proposta inovadora: o público exploraria as possibilidades junto ao protagonista. Com um investimento consideravelmente maior que suas predecessoras, o clima escolar e o final aparentemente aberto logo cativou o público.

Acompanhamos Taekyung, um tímido novato na escola Saebit. Logo ele se envolve com o pessoal do conselho estudantil e ali se apaixona pelo educado Da On. Mas sua desavença com Shin Woo pode significar algo a mais no futuro.

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A ambientação e caracterização trás toda aquela aura dos k-dramas românticos clássicos, o que ajudou a captar a audiência acostumada com eles rapidamente. "Light On Me" ainda se beneficia sem dúvidas do tempo: foram dezesseis episódios de cerca de 20 minutos. Finalmente aqui sanamos um problema clássico dos BLs coreanos: conseguimos entender melhor a motivação e os sentimentos dos personagens. É bem construída a atração de Taekyung por Da On, o medo do julgamento da sociedade que este constantemente expressa, a inabilidade social de Shin Woo que acaba se tornando uma característica que o aproxima do público. A forma como o roteiro que parecia simples no início se desdobra para assuntos mais profundos (homofobia, fobia social e insegurança) é um destaque positivo No elenco de apoio, Go Woo Jin se destaca como o amável Nam Goong.

As atuações dos demais contudo são médias, a um ponto que não se sabe se é o personagem ou o ator que é inexpressivo. Apesar disso, num geral a experiência não é comprometida significativamente devido ao imenso carisma do elenco. E mesmo com tempo hábil para explorar os dois lados do triângulo amoroso, esse desenvolvimento pareceu um tanto estranho na reta final. Enquanto parecia que Da On havia desistido de Taekyung, abriu-se espaço para que o público torcesse para que o amor de Shin Woo por este fosse correspondido. Mas na tentativa de criar um gancho para finale a série comprometeu tudo ao criar um embate inexistente e um fim corrido e estranho.

Light On me diverte e cativa e mostra que um bom clichê de triângulo amoroso aplicado ao BL é uma fórmula de sucesso. Contudo há espaço para narrativas melhor costuradas num futuro.