Entrevista | PP Krit e Billkin Putthipong de 'I Promised You The Moon'

Em 2019, Nadao Bangkok lançava na One31 a série "My Ambulance", que foi um sucesso. Repleto com um elenco de veteranos e novatos, o público se apaixonou por Dao e Tewkao, interpretados respectivamente por Billkin Putthipong e PP Krit em seu primeiro papel de destaque numa série grande. O carisma e química dos personagens fizeram com que o público apoia-se o casal eminente, mas com um final inesperado acabou deixando um gosto amargo, mas a fã-base de BKPP não aceitou e queriam mais da dupla.

Então foi no início do ano seguinte que o projeto "BKPP: The Series" foi anunciado. Esta seria a primeira série BL da Nadao Bangkok. A produção demorou meses para começar as filmagens (mesmo com a pandemia surgindo), e então o título internacional da série foi revelado: "I Told Sunset About You", onde acompanharíamos os amigos de infância Teh e Oh-Aew nas paisagens praianas de Phuket.

A série não foi só um sucesso de público, mas também de crítica. Sendo indicados nas premiações mais prestigiadas da Tailândia, como também levando alguns deles. O lado bom que a boa recepção elevou as expectativas para a segunda parte (já planejada desde o início) e contar mais sobre Teh e Oh-Aew. Foi assim que chegamos a "I Promised You The Moon", que estreia amanhã, dia 27 de maio.

Tivemos a oportunidade de conversar com Billkin e Pp sobre a experiência das gravações do seriado, suas cenas favoritas, seus próximos projetos e futuro, o que esperar dessa nova temporada para os seus personagens (HAVERÁ SPOILERS) e também eles mandaram um recadinho para os fãs brasileiros.


Quais as diferenças entre as filmagens de “I Told Sunset About You” (Parte 1) e “I Promised You the Moon” (Parte 2)?

BILLKIN: As filmagens da segunda parte foram bem diferentes da primeira. A locação mudou de Phuket para Bangkok. O sentimento intímo, a atmosfera e a proposta de atuação foram diferentes, assim como em termos da idade dos personagens. Também precisei me ajustar com o Diretor da série sobre como ele queria contar a história, a direção e método de trabalho dele, assim como todo o resto, mudou tudo. A mudança de Diretor é como a mudança de Comandante-Chefe. Cada um dos diretores tem a própria maneira de conduzir e trabalhar. Acho que o P’Boss e o P’Meen são bem diferentes em suas peronalidades e métodos de trabalho. Eu tive que me adequar bastante. Foi até mesmo desafiador, mas também me ajudou muito a aprimorar o leque das minhas experiências profissionais.

PP KRIT: As filmagens foram bem diferentes, em parte porque mudamos as locações e os diretores. Portanto, a história e as perspectivas dele (o novo diretor) são diferentes da Parte 1. Outra coisa, o personagem passou pela maioridade e amadureceu para outra parte da vida, para uma nova sociedade e um novo lugar como Bangkok. Como esses fatores afetam os personagens e as consequências são o desenvolvimento do personagem. Espero que todos cresçam novamente junto com o personagem.

Como vocês se sente com a mudança de locação das filmagens Phuket para Bangkok?

BK: Quando se mudou para Bangkok, acho que nós tivemos mais senso de urbanidade e contemporaneidade. A Parte 1 envolveu alguns elementos da cultura local. A Parte 2 tem os grandes elementos de urbanidade, Bangkok, contemporaneidade e entre outros.

PP: Bangkok é um pouco mais fácil. Se me perguntar se eu gosto de Phuket ou não, ainda gosto de Phuket. Com um ambiente à beira-mar, isso me fez relaxar durante as filmagens. Já estar em Bangkok é mais fácil porque posso voltar para casa e ir dormir.

Durante os documentários dos bastidores, aprendemos que os roteiristas se inspiraram nas entrevistas com vocês, PP e Billkin, antes mesmo de desenvolver o roteiro e criar os personagens. Como isso afetou a atuação de vocês, foi mais fácil ou mais difícil?

BK: O time de roteiristas conversou comigo e com o PP, e levou em consideração nossas contribuições para a criação dos personagens. Foi bom porque nos fez entender melhor os personagens, e para que eles se sincronizassem bem com a gente. Foi a maneira de obter algumas ideias e personagens com os quais fomos capazes de fazer parte. Isso nos ajudou a entender melhor os personagens.

Se é mais fácil, eu diria que sim, é mais fácil. Na verdade, acho que não foi 100% preciso (as contribuições deles), mas acabou sendo, eventualmente, adaptado à condição ou contexto dos personagens. A parte boa é que me ajudou a entender melhor.

PP: Existiram facilidades e dificuldades. A parte fácil é que foi bastante similar para mim ou a algo que experienciei ou vivi. Assim, pude me identificar facilmente com o personagem. Quando entrei no personagem, foi fácil para mim entender a situação ao redor e o clima. É como se eu pudesse realmente entender o sentimento do personagem. A dificuldade foi atuar em uma cena onde o personagem deveria jamais saber como se sentiria quando certas coisas acontecessem. É como se quando atuo, tenho que aprender e crescer junto com o personagem. Esta parte é difícil porque já passei por isso e pela maioridade. Então, eu tive que lembrar e encontrar um motivo que levaria àquela reação minha a algo que eu não deveria saber que aconteceria, e tornar algo completamente novo para mim.

Quais as principais semelhanças e diferenças entre Teh e Oh-Aew do Billkin e PP? E o que os personagens trouxeram para vocês?

BK: As semelhanças e diferenças são bastante similares ​​comigo mesmo. Como eu disse que tivemos a chance de fazer parte do processo de desenvolvimento do personagem, ele é parecido com a minha personalidade em muitas dimensões. Tem muitas partes que são iguais à minha vida real, meu sentimento íntimo. Acho que as diferenças seriam o histórico e o cenário. Como se trata de Phuket, família, sociedade, amigos e a cultura de Phuket, são coisas que eu nunca compreendi e conheci antes. Então eu tive que me pôr no personagem. O que eu aprendi foi a ótima experiência em ser o personagem principal pela primeira vez, tendo esse sucesso e ter tido a chance de trabalhar com o P'Boss. Tanto a parte física quanto o interior que eu aprendi  na série são diversificados e intensos. Também é a maior experiência da minha carreira.

PP: As semelhanças são, provavelmente, os sentimentos e algumas circunstâncias que aconteceram na série. Na verdade, é 50/50 para semelhanças e diferenças. Elementos extras foram adicionados para ajudar a aumentar o humor e o sentimento do público. Acho que aprendi bastante com esse personagem. É bom relembrar a sensação de algo que não sentia há muito tempo. Em relação a algo que nunca enfrentei, uma vez que eu passei por isso, percebi como me afetou e como eu me senti. Atuar nesta série é como se eu crescesse junto com Oh-Aew.

Quais as cenas favoritas de vocês de ambas as partes (Parte 1 e Parte 2)? 

BK: Quais são as minhas cenas favoritas da Parte 1? Na verdade, gosto da maioria delas. Mas o que eu mais gosto é a dinâmica do quarto episódio, desde quando Tarn foi à casa do Teh até o final do episódio. Acho que foi algo que tive que me preparar muito, e também tive que equilibrar bem a dinâmica da minha interpretação. É porque nem todos estavam no mesmo ritmo, e a dinâmica aconteceu em uma sequência.

[SPOILER A SEGUIR] Pra Parte 2, eu não tenho certeza se posso dizer isso. Vou apenas seguir em frente e dizer. O episódio que eu mais gosto, quer dizer, a cena que eu mais gosto é a cena em que o Teh e Oh-Aew terminam. Foi dramático, mas de um jeito que eu não tinha feito na Parte 1. É uma dinâmica que vem com ser um adulto, compreender e admitir que um fato está acontecendo. É como entender melhor o mundo, possivelmente nós amadurecemos. [FIM DO SPOILER]

PP: Quanto à Parte 1, acho que gosto de todas as cenas. Na verdade, gosto da atmosfera das filmagens. Nas gravações da Parte 1, todos nós tínhamos o mesmo objetivo de que a série se saísse melhor. Não apenas algo bom, mas deveria ser a melhor. Então a determinação e o clima eram muito intensos. Todos estavam ajudando uns aos outros e na mesma pegada. Todos estavam prontos para incentivar uns aos outros. É como se todos insistissem uma e outra vez em cada tomada das filmagens.

A cena que mais gosto na Parte 2? Não posso dizer porque a partir da data de hoje que estou dando a entrevista, a série ainda não foi ao ar. Mas espero que todos fiquem ligados. O trailer foi lançado, assim como o MV. Então, por favor, assistam ao MV.

“I Told Sunset About You” oferece uma bela experiência cinematográfica, embora esteja em formato de série. Vocês gostariam de explorar uma carreira no cinema também? Quem são seus diretores de cinema favoritos? E quais seus filmes favoritos?

BK: Acho que o cinema sempre foi minha aspiração. Desde criança, cresci vendo filmes. Então, para mim, atuar em um filme é o ápice de ser um ator. É uma marca que estou determinado a alcançar pelo menos uma vez. O diretor de cinema que eu gosto muito, na verdade, são muitos que eu gosto, cada um ou uma tem a sua maneira de contar histórias. Como devo dizer? Como se eles tivessem gostos diferentes. Há vários diretores que gosto do trabalhos deles. Falando de um diretor estrangeiro, eu diria Denis Villeneuve. Para um tailandês, já que estou com a Nadao e a GDH, eu vi o trabalho do P’Yong e do P’Boss, que são o auge do meu trabalho, bem como outros diretores do GDH que conheci.

PP: Na verdade, gostaria de ter a oportunidade de atuar em um filme também. O filme que eu gosto? Eu gosto de La La Land, mas não consigo lembrar o nome do diretor (Damien Chazelle). O filme conta a história por meio da música. Isso me fez sentir ainda mais envolvido, já que gosto de ouvir música. Já que a mensagem é passada através da música pra mim, eu fiquei mais mexido. A fotografia é muito bonita e as iluminações são ótimas. Na atuação, acho que eles se saíram bem nos detalhes com os olhos. Eu gostaria de um dia ter esse mesmo nível de capacidade.

Billkin, você se destacou bastante na indústria musical. Quais são suas inspirações e sonhos como cantor?

BK: Ser cantor é outra maneira de alcançar a minha felicidade. É bem diferente de atuar, contar histórias e se comunicar. Desde criança, entendi que gosto da ciência do canto. E acho que estou feliz por poder fazer isso. A inspiração é provavelmente a minha felicidade. Eu não acho que tenho um sonho sobre isso. Eu só quero melhorar e ser inovador como artista. Até agora, eu só fui um interprete na conclusão de fazer a música. Depois da série, eu quero fazer minha própria música e ser o real produtor da minha própria música, que eu possa dar contribuições relevantes ao produto final, como se eu fosse verdadeiro contador de histórias.

PP, você acabou de iniciar sua carreira na indústria musical. Todos ficarão maravilhados e encantados com você cantando algumas das OSTs da Parte 1. Qual é a sua inspiração na música? E você pensa em lançar mais músicas e até mesmo singles solo este ano?

PP: Tenho o plano de lançar um single solo este ano. Por favor fiquem atentos. Não tenho certeza de quando será, mas definitivamente uma canção será lançada este ano. Música é outra felicidade minha. É como se atuar fosse meu braço direito e a Música fosse meu braço esquerdo. Quero que ambos sejam igualmente fortes, capazes de progredir juntos e igualmente. Minha felicidade em fazer música é poder trabalhar com muitos cantores dos quais tenho ouvido suas músicas, admirando-os desde que eu era mais novo, e agora finalmente poder trabalhar com eles. Essa é a minha felicidade. Conversar com eles, compartilhar experiências com eles, conhecer e conversar com muitos deles é a minha felicidade de fazer novos amigos na minha vida.

O sucesso internacional da Parte 1 levou as carreiras de vocês dois ao estrelato global. Como é isso pra vocês, PP e Billkin? Vocês receberam muitas demonstrações de carinho de diferentes países?

BK: Ser um artista protagonista internacional não era algo que eu esperava, sobretudo que um dia eu teria tanto sucesso, principalmente a nível internacional. Quando criança, eu achava que poder cantar era minha felicidade. Nunca pensei que teria tanto sucesso. O amor dos fãs internacionais é algo que acho que sempre tive. Os fãs são de vários países, às vezes eles me mandam mensagens diretas, fazendo projetos ou o que quer que seja que me faça lembrar deles. Acho que esse é o poder do amor que pode ser enviado até mim. Estou feliz e isso é realmente inesperado.

PP: Obrigado a todos os fãs e também à Nadao Bangkok que me trouxe até aqui. Se não houvesse fãs ou a série BKPP, não haveria Billkin & PP hoje. Gostaria de agradecer todo mundo e a todos mesmo, a todos os fãs por apoiarem a mim e ao Billkin para nos aprimorarmos e criarmos de forma consistente bons trabalhos. Meu fã-clube tem me apoiado bastante. Recentemente, no meu aniversário, houveram muitos projetos (de aniversário) feitos por fãs internacionais e tailandeses para muitos eventos. Portanto, gostaria de agradecer a todos.

Depois da série BKPP, o que se pode esperar de Billkin and PP? 

BK: Depois da série, terei alguns trabalhos lançados na música. Quanto à atuação, para mim, como ator, eu preciso encontrar o papel certo que se adeque mais a mim. Pode não ser possível o encaixe, mas podemos esperar para ver no futuro, quem sabe há alguém que quer que eu trabalhe com eles ou se eu quero trabalhar com eles (sem citar nomes).

PP: Por favor, fiquem ligados. Acredito que há uma oportunidade futura. Não tenho certeza de como será o próximo trabalho. Eu definitivamente terei um single, um single solo. Depois disso, deixe para a oportunidade e o futuro.

Billkin e PP, vocês poderiam enviar uma mensagem para todos os seus fãs brasileiros?

BK: Para os fãs brasileiros, eu jogo futebol desde que criança e sempre gostei de muitos jogadores brasileiros. Acho que eles têm muito talento para o que fazem. As táticas de jogo do Brasil e dos jogadores brasileiros são reconhecidas mundialmente. Um dia gostaria de poder visitar o Brasil, pois meus pais acabaram de vir do Brasil não faz muito tempo. E eu aprecio que mesmo nós estejamos distantes, em mundos diferentes, não, não em mundos diferentes, quero dizer, em diferentes partes do mundo, os fãs brasileiros sempre enviaram seu amor e apoio pra mim. Se houver uma chance, espero que possamos nos encontrar um dia. Muito obrigado.

PP: Obrigado aos fãs brasileiros. Se tivermos a chance de nos encontrar, assim que a situação do COVID-19 estiver melhor, espero que todos venham me ver. Também quero conhecer todos vocês. Se a situação melhorar, e for possível nos encontrarmos, por favor, venha me ver.

Escute as respostas aqui.

Tradução e Revisão:

Nanda Lima e BKPP Universe

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